A FEBRASGO, juntamente com a SOGIRGS, lamenta profundamente os danos físicos, materiais e emocionais causados pela enchente na população do Rio Grande do Sul. Foi disponibilizada uma plataforma para inscrição de colegas voluntários no atendimento e assistência a mulheres gaúchas, seja na forma de orientação, consultas ou aconselhamento. Agradecemos desde já. Para facilitar o melhor entendimento da situação, listamos a seguir os principais problemas ginecológicos e obstétricos enfrentados por mulheres em abrigos após enchentes:
1. Acesso limitado aos serviços de saúde: As enchentes frequentemente danificam ou destroem instalações de saúde, dificultando o acesso das gestantes aos serviços de cuidados pré-natais, levando a piores desfechos de saúde[1].
2. Aumento do risco de mortalidade e complicações: A falta de atendentes qualificados para o parto, estações de parto não higiênicas e serviços pós-natais inadequados aumentam o risco de mortalidade e complicações durante o parto[1].
3. Alterações menstruais e manejo durante as catástrofes: Mulheres em abrigos frequentemente carecem de espaço, instalações e necessidades para gerenciar sua menstruação mensal de maneira segura, privada e digna[1].
4. Aumento do risco de violência contra mulheres: Desastres como enchentes podem exacerbar a violência baseada em gênero, incluindo exploração sexual e abuso[1].
5. Problemas com a amamentação: A amamentação pode ser difícil em abrigos devido ao estresse, deslocamento e má nutrição, levando a dificuldades com a lactação e a saúde do bebê.
6. Taxas mais altas de doenças inflamatórias pélvicas, distúrbios menstruais e fertilidade reduzida: As enchentes têm sido associadas a taxas mais altas desses problemas ginecológicos[3].
7. Aumento do risco de parto prematuro, ruptura prematura das membranas e retardo do crescimento intrauterino: As enchentes têm sido ligadas a esses desfechos adversos na gravidez[3].
8. Cuidados pós-parto comprometidos: Mulheres em abrigos frequentemente enfrentam condições de saúde desfavoráveis devido ao ambiente de saúde desafiador, tornando os cuidados pós-parto cruciais para garantir o bem-estar delas e a saúde de seus bebês[2].
9. Problemas de saúde mental: Desastres como enchentes podem levar a problemas de saúde mental, incluindo transtornos de estresse pós-traumático, que podem impactar a saúde e o bem-estar das mulheres.
10. Aumento do risco de infecções sexualmente transmissíveis e lesões: A violência sexual pode levar a um aumento nas infecções sexualmente transmissíveis e lesões.
11. Complicações clínicas durante a gravidez. A presença de doenças de pele, infecções de vias aéreas superiores e inferiores.
12. Atrasos em Vacinação
Esses desafios destacam a necessidade de esforços colaborativos entre governos, sociedade civil e parceiros de desenvolvimento para abordar os problemas ginecológicos e obstétricos enfrentados por mulheres em abrigos após enchentes[1].
Citações:
[1] https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC11001467/
[2] https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10697115/
[3] https://obstetrics.imedpub.com/articles/in-the-aftermath-of-disasters-the-impact-on-womens-health.pdf
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